Professores, alunos e funcionários da
Universidade Federal do Pará saíram em caminhada rumo ao semáforo do
mercado municipal ou Feira do Produtor. A jovem Aline Flor
foi a última vítima fatal do transito caótico e violento de Altamira. A
frota de cerca de 22 mil veículos em 2010 saltou para mais de 40 mil em
2013 de acordo com um dos cartazes preparado pelos acadêmicos. A
manifestação parou em frente aos seguintes órgãos: Defensoria Pública,
Polícia Civil e Fórum. A BICICLETA de Aline Flor foi pendurada num poste
próximo ao local do acidente que ceifou sua precoce vida. Em cima do
carro de som a mãe de Aline encontrou forças para falar sobre sua
filha, a dor da perda e pediu JUSTIÇA. Num grande círculo de oração
todos fizeram a prece do pai nosso . Como prova do desrespeito no
trânsito um motorista tentou furar o bloqueio. Foram momentos muito
tristes regados por muitas lágrimas. No final do ato a coordenadora
Campus da UFPA em Altamira, Ivonete Coutinho (Netinha) fez um
pronunciamento muito importante, disse que a UFPA precisa se
reposicionar na luta por justiça social, que os alunos precisam ser
solidários com outras bandeiras nas manifestações sociais que ocorrem em
nossa cidade. A professora está coberta de razão, a universidade
precisa transpor os muros da academia e contribuir com a sociedade que
financia esse segmento da educação. As lideranças estudantis estão de
parabéns e têm um árduo trabalho pela frente. Um dia desses os alunos da
UEPA marcharam rumo a prefeitura cobrando melhorias para a rua de
acesso a universidade e para o bairro do mutirão. Só o oprimido salva o
oprimido. Violência no trânsito: até quando?

Manifestação emocionante da comunidade acadêmica UFPA.