Nessa segunda-feira (05) o presidente Luís Inácio Lula da Silva nomeou Márcia Lopes que assumiu o lugar de Cida Gonçalves no ministério das mulheres.

Márcia Lopes: Da Proteção Social à Defesa dos Direitos das Mulheres
Márcia Lopes, reconhecida por sua trajetória dedicada às políticas públicas sociais, assume agora o Ministério das Mulheres, trazendo consigo uma vasta experiência na gestão de programas de combate à pobreza e desigualdade. Formada em Serviço Social, ela foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula (2008–2010), período em que fortaleceu iniciativas como o Bolsa Família e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Sua atuação sempre priorizou populações vulneráveis, o que a credencia para liderar pautas urgentes, como a proteção de mulheres em situação de violência e a promoção da equidade de gênero.

Transição e o Legado de Aparecida Gonçalves
A entrada de Márcia no cargo ocorre após a saída de Aparecida Gonçalves, ex-ministra das Mulheres, que deixa um legado marcado pelo relançamento do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Doméstica e pela retomada de políticas de enfrentamento ao feminicídio. Aparecida, militante histórica dos movimentos negros e de mulheres, destacou-se por reforçar a interseccionalidade nas ações do ministério, integrando debates sobre raça, classe e LGBTQIAP+. Sua gestão, embora curta, reacendeu a importância de ouvir coletivos periféricos na construção de políticas públicas.

Desafios e Expectativas para a Nova Fase
Márcia Lopes chega ao ministério em um contexto de crescentes denúncias de violência de gênero e pressão por avanços na garantia de direitos reprodutivos e econômicos das mulheres. Sua expertise em gestão social pode ser crucial para articular programas que integrem assistência, geração de renda e acesso à educação, especialmente para mães solo e mulheres rurais. A expectativa é que ela dialogue com as bases do movimento feminista, dando continuidade ao trabalho de Aparecida Gonçalves, mas também inove, utilizando sua experiência para transformar desafios estruturais em oportunidades de transformação.